No mês passado, tive a oportunidade de realizar seis viagens de avião, cruzando três continentes. Como uma turismóloga apaixonada pelo meu trabalho, viajar faz parte da minha rotina e é sempre uma experiência enriquecedora. No entanto, algumas dessas viagens trouxeram momentos de desconforto e reflexão.
Em várias ocasiões, fui submetida a perguntas invasivas e desnecessárias por parte dos seguranças e policiais nos aeroportos. A sensação era clara: para muitos, uma mulher negra viajando frequentemente no mesmo mês era um sinal de atividade ilícita. Esta percepção é não só injusta, mas também profundamente dolorosa e exaustiva.
Essas experiências me fizeram pensar sobre a realidade enfrentada por mulheres negras em ambientes de viagem e segurança. Ao longo dos meus 17 anos no setor do turismo, nunca me senti tão desconfortável e questionada quanto nestes últimos meses. Viajar deveria ser uma oportunidade de conexão, aprendizagem e crescimento, não um momento de julgamento e suspeita infundada.
Gostaria de abrir este espaço para ouvir as experiências de outras pessoas que também passaram por situações semelhantes. Como podemos abordar e mudar essa realidade? Que medidas podem ser tomadas para garantir que todos sejam tratados com respeito e dignidade durante suas viagens?
Convido todos a partilhar as suas histórias e sugestões. Juntos, podemos encontrar soluções e promover um ambiente de viagem mais inclusivo e justo para todos.